sábado, 24 de fevereiro de 2018

Causa e consequência

Num período composto, dizemos que oração subordinada adverbial causal é a que denota causa, o que provoca.

Exemplos:

A sociedade estava apavorada porque o número de crimes aumentou tragicamente.
A oração sublinhada indica a causa, o que provocou o fato de a sociedade estar apavorada

O filme ganhou o prêmio já que apresentou o melhor roteiro.

Não vamos sair de casa visto que estamos esperando a visita de um parente.

Como estávamos atrasados, não pudemos fazer a prova.

Existem também os adjuntos adverbiais de causa.

Ex.: O menino estava pulando de alegria.

Pedro morreu do coração.

Tremi de medo.

E a oração consecutiva, que significa?A oração subordinada adverbial consecutiva é a que indica consequência, resultado, efeito.

Ex.: Tão grande foi a alegria que a mãe chorou.
O choro da mãe foi resultado, efeito, consequência.

Tamanha foi a desfaçatez que a namorada saiu correndo.

Aquele jovem é rancoroso de dar medo.

Ocorre que, frequentemente, existe confusão entre causa e consequência. Olhe o exemplo do Tostines: vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Aquela senhora quebrou a perna porque caiu ou caiu porque quebrou a perna?

Como fazer para não confundir? Muito simples: basta ter em mente que a causa vem antes; consequência, logicamente, depois. Veja a lei da causa e do efeito.

Experimente numerar os fatos por ordem de acontecimento. O que ocorreu antes é o número um, a causa; o que veio depois é o número dois, a consequência, resultado, efeito. A consequência virá sempre depois.

Exercícios de fixação

Identifique causa e efeito:

  1. As moças estavam demasiadamente alegres devido à bebida.
  2. Por terem falado alto, foram repreendidos.
  3. Como você estivesse cansado, não quis contar-lhe o ocorrido.
  4. Estudei muito porque o concurso seria difícil.
  5. Tanto insistiu que foi promovida.
  6. Como estivesse com sono, não assistiu ao último capítulo da novela.
  7. O concurso foi difícil de assustar!
  8. Ela não estudava porque a escola ficava longe.
  9. O professor determinou que se fizesse a avaliação por necessitar apresentar nota.
  10. A criança ficou tão assustada com o desenho animado que não dormiu.


Fonte: Capcursos

Pronome (resumo)

Fonte: Resumão da prova

Adjetivo, artigo, numeral e preposição

Fonte: Resumão da prova

Conjunção (resumo)

Fonte: Resumão da prova

Figuras de linguagem (resumo)

Fonte: Resumão da prova

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Atividade: Entrevista

2ºs EM

Atividade

 Produzir uma entrevista com alguém da escola, do bairro ou da família;
 Os grupos de alunos devem escolher a pessoa a ser entrevistada;
 Escolher um tema para a entrevista, adequado ao assunto que irá tratar
com o entrevistado, tal como: a importância de sua profissão, por
exemplo;
 Feitas as escolhas, preparem o Roteiro de entrevista de acordo com os
temas que serão abordados;
 Importante lembrar que a entrevista poderá ser gravada (voz e vídeo) em
seus celulares ou em gravadores, para facilitar o trabalho posterior de
transcrição (recomendado, mas não obrigatório);
 O produto final, se for um vídeo, ou um áudio deverá ter entre 5 e 10
minutos (incluindo uma página escrita com o roteiro, que são as perguntas). Se for um texto escrito, poderá ter até duas páginas impressas ou escritas, e uma página para o roteiro, totalizando no mínimo três páginas;
 A versão final da entrevista poderá ser publicada no blog de produções textuais, mediante autorização dos autores.

PS: Enviar por e-mail (vtezoni@gmail.com) ou entregar impresso ou manuscrito. Data final: segunda, dia 26. Lembrando que deve-se escolher o entrevistado, produzir o roteiro que conta com perguntas primárias e outras criadas de acordo com o tema e o objetivo.


 Bom Trabalho!



Passos:

.Escolher o entrevistado;
.Produzir o roteiro;
.Realizar a entrevista;
.Fazer a transcrição, caso necessário;
.Redigir ou editar e revisar;
.Escolher título principal e título auxiliar;
.Fazer a montagem da entrevista:
 - Título  principal;
 - Título auxiliar;
 - Apresentação da entrevista;
 - entrevista.

Roteiro de entrevista

2ºs EM

Dados do Roteiro de entrevista:

 Nome do entrevistado;
 Idade;
 Função ou ramo de trabalho;
 Mora na região ou é, ou veio de outra localidade/estado.
 Outras perguntas formuladas conforme o objetivo da entrevista

Algumas recomendações:

 Cada pergunta deve ser curta e focada em um único assunto.
 A opinião do entrevistador deve ficar fora das perguntas.
 Sempre pergunte: como você sabe?
 Faça perguntas a partir das respostas. O roteiro não precisa ser
seguido ao pé da letra, ele funciona como um guia para a sua
entrevista.
 Não deixe qualquer dúvida passar em branco. Sempre questione
quando não entender algo.
 Seja um ouvinte interessado e perceba quando as respostas te
levam para outras perguntas sobre o tema.

Conjunção

Observe as frases:

1. Tenho vontade de aprender a cozinhar, mas preciso de alguém que me ensine.

2. Ele foi ao supermercado para comprar bolo pratinhos de plástico.

As palavras acima, em destaque nas frases, são conjunções.
Se observarmos atentamente as orações, podemos definir conjunção como sendo a palavra invariável usada para ligar orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.

Na primeira oração apresentada, o termo mas estabelece uma ligação entre duas orações: Tenho vontade de aprender a cozinhar /mas/ preciso de alguém que me ensine.

Já na segunda oração, o termo está ligando dois termos de mesma função sintática (objeto direto): bolo / e / pratinhos de plástico.

Locução conjuntiva: quando duas ou mais palavras equivalem a uma conjunção.
Exemplos: logo que, assim que, uma vez que, já que, para que.

Quanto à classificação, as conjunções podem ser coordenativas ou subordinativas.

Conjunções coordenativas: Ligam orações independentes entre si ou termos de mesma função sintática.

Joana pegou o bolo de aniversário colocou a jarra de suco na mesa.

Observe que as duas orações acima são independentes, ou seja, não necessitam uma da outra para completo entendimento: Joana pegou o bolo de aniversário e Joana colocou a jarra de suco na mesa.

Veja a classificação das conjunções coordenativas:

a) aditivas: e, não só, mas também
b) adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto
c) alternativas: ora ..... ora, ou...ou
d) conclusivas: logo, portanto, pois, então
e) explicativas: porque, que

Conjunções subordinativas: Ligam orações dependentes entre si.

Observe que sua honestidade foi honrada no decorrer dos anos.

Na oração acima, a conjunção que está ligando a primeira oração “Observe” que depende da segunda “sua honestidade foi honrada no decorrer dos anos” para ser completamente entendida.

Veja a classificação das conjunções subordinativas:

a) integrantes: que, se.
b) causais: porque, uma vez que, já que, como, etc.
c) concessivas: embora, ainda que, etc.
d) comparativas: mais .... do que, menos... do que, assim como, etc.
e) condicionais: se, contando que, desde que, caso, a não ser que, etc.
f) conformativas: conforme, segundo, consoante, etc.
g) consecutivas: tanto que, tão que, etc.
h) finais: para que, a fim de que, etc.
i) proporcionais: à medida que, quanto mais...mais, quanto menos...menos, à proporção que, etc.
j) temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, enquanto, etc.

Importante observar que uma mesma conjunção pode ter mais de uma classificação, sendo que o que irá definir é o contexto em que está inserida:

É necessário que vocês gostem de estudar. (que – conjunção integrante)
Leiam bastante que as perguntas não serão tão fáceis. ( que – conjunção explicativa)

Fonte: Mundo educação

Preposição

Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando um ao outro.

Sintaticamente, as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos oracionais. As preposições podem introduzir:

• Complementos verbais
• Complementos nominais
• Locuções adjetivas
• Locuções adverbiais
• Orações reduzidas

As preposições classificam-se em essenciais e acidentais:

1. Preposição essencial: sempre funciona como preposição.
Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...

2. Preposição acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...

Locução prepositiva

Chamamos de locução prepositiva ao conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição.
A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.
Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...

As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.
Exemplos: do (de + artigo o)
no (em + artigo o)
daqui (de + advérbio aqui)
daquele (de + o pronome demonstrativo aquele)

Emprego das preposições

- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.
Ex.: Viajou de carro (relação de meio)
Saiu com os amigos. (relação de companhia)
Morreu de tuberculose. (relação de causa)
O carro de Joaquim é novo. (relação de posse)

- algumas preposições podem vir unidas a outras palavras. Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético.
Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética.


contraçãocombinação
Do (de+o)Ao (a+o)
Dum (de+um)Aos (a+os)
Desta (de+esta)     Aonde (a+onde)
No (em+o) 
Neste (em+este) 

- a preposição a pode se fundir com outro a, essa fusão é indicada pelo acento grave ( `), recebe o nome de crase.

Ex.: Fui à feira. (a+a)

- Na linguagem culta, não se deve fazer a contração da preposição de com o artigo que encabeça o sujeito de um verbo.

Está na hora de a criança dormir. (a criança é o sujeito do verbo dormir, por isso não podemos contrair a preposição de com o artigo a que encabeça o sujeito.

Essa regra vale também para construções com pronomes pessoais:
Está na hora de ele sair. (ele é sujeito do verbo sair, por isso não se pode contrair a preposição com o sujeito).

Pronomes

Na língua portuguesa existem dez classes gramaticais, também chamadas de classes morfológicas ou, ainda, classes de palavras. São elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Destas, seis são variáveis, ou seja, sofrem flexão quanto ao gênero, número e grau. É o caso do pronome, o foco deste texto.
O pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de significação. Existem vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos e indefinidos. Além dessa classificação principal, os pronomes também podem ser classificados em adjetivos e substantivos.
Classificação dos pronomes
♦ Pronomes pessoais: subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais oblíquos e pronomes pessoais de tratamento;
♦ Pronomes possessivos: indicam relação de posse, algo que pertence a uma das pessoas do discurso. São eles: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas;
♦ Pronomes demonstrativos: indicam posicionamento, o lugar de um ser em relação a uma das três pessoas gramaticais. São eles: este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Palavras que podem atuar como pronomes demonstrativos: o, a, os, as, mesmo, mesma, mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios, próprias, tal, tais, semelhante, semelhantes;
♦ Pronomes interrogativos: são utilizados para interrogar, isto é, para formular perguntas de modo direto ou indireto. São eles: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas;
♦ Pronomes relativos: são empregados para retomar um substantivo (ou um pronome) anterior a eles, substituindo-o no início da oração seguinte. São eles: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas;
♦ Pronomes indefinidos: são aqueles que se referem de modo indeterminado, vago, à terceira pessoa gramatical. São eles: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum, algumas, nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo, certa, vários, várias, tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes.
♦ Pronomes adjetivos: sua função é acompanhar os substantivos, fazendo o papel de um adjetivo ao determinar e modificar o substantivo;
♦ Pronomes substantivos: são utilizados para substituir o substantivo em uma oração.
É importante ressaltar a importância dos pronomes para o processo de construção da coesão em um texto. Por meio da coesão é estabelecida a relação semântica (relações de sentido entre as palavras) entre os elementos do discurso, desde que os conectivos, entre eles os pronomes, sejam empregados de maneira correta, o que possibilitará o encadeamento lógico das ideias do texto.

Artigo de opinião

Seu objetivo é convencer o leitor em relação a forma de pensar do autor do texto.
É essencial conhecer bem o tema sobre o qual está falando e também as circunstâncias em que se deram tal fato, pois só assim poderá formular argumentos consistentes e defender a sua tese (a sua opinião).

Antes de escrever o seu artigo, leia diferentes pontos de vista sobre o tema e anote os argumentos que lhe chamaram a atenção. Eles podem ser úteis para você fundamentar o texto que irá desenvolver, seja apoiando e defendendo a mesma ideia ou refutando e apresentando outros argumentos nesse sentido.

Para escrever seu artigo de opinião, deve-se sempre lembrar de quem está do outro lado, ou seja, o leitor. Use sempre linguagem adequada ao seu perfil, com estilo formal porém simples.

Desenvolver os argumentos anotados anteriormente de forma consistente é essencial. Saiba antes qual a ideia que deseja transmitir, seja o assunto que for.

Assim como outros gêneros textuais com objetivo similar, o artigo de opinião deve ter introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Na introdução devemos dizer claramente do que trata o texto, para logo em seguida, em outro parágrafo, passar ao seu desenvolvimento. Por fim, a conclusão, que pode ser definitiva ou então levar o leitor a refletir e chegar as suas próprias conclusões.

Algumas dicas para se construir um bom artigo de opinião são: 

  • Tema e título atrativos (lembrando que não são a mesma coisa);
  • Definir bem seu argumento;
  • Sustentar sua opinião;
  • Adeque a sua linguagem ao leitor;
  • Conclua confirmando a ideia principal.

Diferenças entre o texto dissertativo-argumentativo e o artigo de opinião


Basicamente, a diferença entre o texto dissertativo-argumentativo e o artigo de opinião está:
  • no vocabulário: enquanto o primeiro é impessoal, o segundo é em primeira pessoa;
  • na estrutura: o primeiro traz mais claramente a divisão entre introdução, desenvolvimento e conclusão, já o segundo gênero, costuma ser mais extenso.
Contudo, ambos apresentam um problema, cuja solução o autor deve apresentar na conclusão. Essa deve ser possível de ser realizada e não algo como “vamos nos conscientizar”, mas sim ” de que” se conscientizar e “como”.
Em qualquer um dos dois gêneros, argumentos de autoridade (pesquisas, reportagens, estudos realizados sobre o assunto) dão maior peso ao texto. Contudo, se você não sabe citar seguramente a fonte ou mesmo o argumento, evite -o para não demostrar insegurança.
Lembrando que, enquanto o texto dissertativo geralmente é utilizado com objetivo avaliativo e acadêmico, o artigo de opinião é muito utilizado em veículos de comunicação em massa, como jornais e revistas.

Conclusão: É extremamente importante saber do que se fala, estar bem informado e construir bem seus argumentos. A estrutura do texto e sua linguagem também devem ser adequadas, além do cuidado com a norma culta da língua.

Modelo de artigo de opinião:

            No regime de sobrevivência de qualquer sociedade a água é tida como um dos elementos indispensáveis. Em sociedades antigas, como a Egípcia ou a Mesopotâmica, as chuvas eram recebidas com festas, uma vez que ocasionavam a cheia dos rios e assim a fartura das pessoas que viviam em suas proximidades.            Atualmente, não podemos atribuir um caráter tão alegre às chuvas, ao menos em grande parte do Brasil. Em função da falta de planejamento nos sistemas imobiliário e de infra-estrutura, um processo chuvoso que deveria naturalmente ser benéfico e não causar danos acabou se transformando em um dos principais problemas para as pessoas que viviam nas cidades atingidas. Em função da dificuldade de escoamento das águas das chuvas, diversos centros urbanos chegam a ficar completamente alagados durante períodos chuvosos. Tais alagamentos, aliados ás enchentes, trazem consigo não apenas prejuízos físicos (destruição de casas, deixando milhares de pessoas desabrigadas), mas também danos biológicos ao homem, uma vez que contribuem para a proliferação de doenças, especialmente através de transporte de lixo e de substancias infectadas por causadores de enfermidades, que por sua vez podem até causar a morte. É interessante notar que as regiões mais atingidas pelos fenômenos acima citados configuram-se em grandes centros.            Desta maneira, deve-se promover um estudo mais aprofundado que auxilie na dinâmica habitacional crescente, de maneira a evitar que água fique impossibilitada de ser escoada. Nas áreas que já sofrem com o problema, devem ser construídas obras que solucionem o mesmo, tais como os córregos, que servem para transportar a água das chuvas. 
Autor: Felipe Augusto de Medeiros Cabral

Mais modelos : Centraldasletras


Fontes:

Tirinha Mafalda

Tirinha para atividade: Aula 4 - Sequência de atividades
3ºs EM


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Em entrevista, filha de Cora Coralina divulga poema inédito da escritora

2ºs EM
Sequência de Atividades: Entrevista

CORREIO BRAZILIENSE

Em entrevista, filha de Cora Coralina divulga poema inédito da
escritora

Para celebrar os 125 anos de nascimento da autora goiana, o Correio apresenta
entrevista exclusiva com a Vicência Bretas Tahan
postado em 20/08/2014 08:12
Elô Bittencourt - Especial para o Correio

A poesia de Cora Coralina é uma profissão de fé. Graças à sua ternura em manusear
as palavras, como se fizesse um doce, ela se transformou em uma das principais
poetas da literatura brasileira. A escritora obteve reconhecimento aos 75 anos, quando
Carlos Drummond de Andrade começou a elogiar publicamente os versos da
vovozinha lírica que nasceu em 20 de agosto de 1889, em Goiás Velho.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nome de batismo da escritora, faleceu aos 96
anos, em 1985. Cora Coralina começou a escrever cedo, aos 14 anos, porém teve o
primeiro livro publicado em junho de 1965, Poemas dos becos de Goiás e estórias
mais. Foi a partir daí que a doceira famosa começou a ser conhecida no mundo da
literatura. Em comemoração aos 125 anos de nascimento de Cora Coralina,
o Correio apresenta uma poesia inédita da escritora, concedida pela filha Vicência
Bretas Tahan. Na entrevista, a herdeira relatou que ainda há muitos escritos da poeta
que não foram publicados, nem disponibilizados no museu porque estão sendo
organizados. A filha da poeta revela, também, como era conviver ao lado de uma
mulher extremamente forte e, ao mesmo tempo, delicada e sensível.

Poesia

Guia de Goiás

Tem sua rima
Bem pode ser a mulher terra, a mulher sertaneja, sua velha escriba, Cora Coralina
Guia do meu Goiás
Guia de muita gente, para conhecer mais o meu Goiás.
Goiás, seu mapa é uma certeza no centro do Brasil.
Goiás é coração, é o sonido Augusto do berrante na frente das manadas, das estradas
do sertão
Goias é água e pão, água para toda sede e pão para toda fome
Goiás é oferta de trabalho, é a terra em gestação

Cora Coralina

Confira trecho da entrevista com Vicência Bretas Tahan, filha de Cora
Coralina

Como era a mulher Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas?
Minha mãe era muito trabalhadeira. Fazia tudo dentro de casa. Gostava muito
de escrever, embora não tivesse suas poesias lidas. Não era comum naquela
época, por isso ela escrevia e guardava. Além disso, tinha os afazeres de casa
como lavar roupa, fazer doces e comida. Antes a mulher era preparada para
casar e não se falava em ser escritora. Ela era muito lutadora também.

O que Cora Coralina mais gostava de fazer? Como era sua rotina?
Quando moça ela tinha que fazer doces para vender. Naquela época, não tinha
a obrigação de ir à escola. Ela aprendeu o básico, o primário. Aos 14 anos,
começou a escrever. Gostava de fazer versos e outros textos.

Como foi o primeiro contato dela com Carlos Drummond de Andrade?
Ela não o conheceu, mas se corresponderam por carta. Quando ela já tinha
publicado o primeiro livro, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, uma
conhecida dela deu o livro ao Drummond. Ele gostou muito, daí, tempos
depois, escreveu para ela: “Cora Coralina. Não tendo o seu endereço, lanço
estas palavras ao vento, na esperança de que ele as deposite em suas mãos.
Admiro e amo você como alguém que vive em estado de graça com a poesia.
Seu livro é um encanto, seu verso é água corrente, seu lirismo tem a força e a
delicadeza das coisas naturais. Ah, você me dá saudades de Minas, tão irmã
do teu Goiás! Dá alegria na gente saber que existe bem no coração do Brasil
um ser chamado Cora Coralina. Todo o carinho, toda a admiração do seu
Carlos Drummond de Andrade”.

Disponível em: <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-
arte/2014/08/20/interna_diversao_arte,443210/em-entrevista-filha-de-cora-coralina-divulga-poema-inedito-da-escritora.shtml>. Acesso em: 26 de janeiro de 2018. (adaptado)

Letra de música:Paciência

3ºs EM - Complemento de atividade
Sequência de Atividades: Letra de música, ritmo e poesia

Composição: Lenine, Dudu Falcão

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara (a vida não para não)
(a vida é tão rara)
Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2018.




domingo, 18 de fevereiro de 2018

Leituras para o 1º bimestre

Leituras para o 1º bimestre:

2ºs B, F: Noite na taverna, de Álvares de Azevedo

Noite na taverna em PDF

3ºs B, C, D, E Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Vidas Secas em PDF


Levar para a aula o PDF no celular e/ou o livro físico. Faremos leitura conjunta semanalmente.