terça-feira, 30 de maio de 2017

Análise de poema


POEMA

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás
Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Gerações do Romantismo no Brasil

Romantismo foi um movimento artístico e filosófico que surgiu no final do século XVIII na Europa, indo até o final do século XIX.
Sua maior característica era a visão de mundo que se contrapunha ao racionalismo do período anterior (neoclassicismo).
O movimento romântico cultiva uma visão de mundo centrada no indivíduo, logo os autores voltavam-se para si mesmos, retratando dramas pessoais como tragédias de amor, ideias utópicas, desejos de escapismo e amores platônicos ou impossíveis.
O século XIX seria, portanto, marcado pela arte voltada para o lirismo, a subjetividade, a emoção e a valorização do “eu”.

O Romantismo brasileiro nasce logo após a independência política do Brasil (1822), e assumiu em nossa literatura um significado secundário, de um movimento anticolonialista e “antilusitano”, de rejeição à literatura produzida na época colonial, aos modelos culturais portugueses. Por isso, a primeira geração romântica tinha a preocupação de garantir uma identidade nacional que nos separasse de Portugal, buscando no passado histórico elementos de origem nacional.

Temos três gerações de escritores românticos:

- Primeira geração: nacionalista, indianista e religiosa. Os poetas que se destacam são: Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.

- Segunda geração: é um período marcado pelo mal do século, apresenta egocentrismo irritado, pessimismo, satanismo e atração pela morte. Os poetas que se destacam são: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

- Terceira geração: esse período desenvolve uma poesia com caráter político e social, é formada pelo grupo condoreiro. O maior representante dessa fase é Castro Alves.

Primeira geração

Os primeiros românticos são conhecidos como nativistas, pois seus romances retratam índios vivendo livremente na natureza, numa representação idealizada. O índio é transformado no símbolo do homem livre e incorruptível.
Nosso Romantismo apresenta como traço essencial o nacionalismo, destacando o indianismo, o regionalismo, a pesquisa histórica, folclórica e linguística, e a crítica aos problemas nacionais.

Segunda geração

O tema que fascinou os escritores da segunda geração romântica brasileira foi a morte. Nas obras dos escritores desse período está presente uma visão negativa do mundo e da sociedade, onde expressam seu pessimismo e sentimento de inadequação à realidade, pois viviam uma vida desregrada, dividida entre os estudos acadêmicos, o ócio, os casos amorosos e a leitura de obras literárias, como as de Musset e Byron.

A segunda geração, também conhecida como ultrarromantismo, encontra no Brasil discípulos fervorosos, que diante do amor apresentam uma visão dualista, envolvendo atração e medo, desejo e culpa. Em seus poemas, a imagem de perfeição feminina apresenta os traços de morte, condenando implicitamente qualquer forma de manifestação física do amor.

Terceira geração

A terceira geração é também conhecida como “O condoreirismo”, os poetas dessa geração apresentam estilo grandioso ao tratarem de temas sociais, eram comprometidos com a causa abolicionista e republicana desenvolvendo, assim, a poesia social.
Castro Alves é o poeta que mais se destaca. Inspirado nos princípios de Victor Hugo, ele começa a escrever poemas sobre a escravidão. Há, retratado em seus poemas, o lado feio e esquecido pelos primeiros românticos: a escravidão dos negros, a opressão e a ignorância do povo brasileiro.
Castro Alves ficou conhecido como “o poeta dos escravos”.


Enquanto isso, na prosa romântica, iniciava-se, de fato, a produção de prosa literária no Brasil. Neste campo, o romantismo se dividiu por tendências, sendo elas:
Romance Urbano - ligava-se à vida social, principalmente no Rio de Janeiro, descrevendo os tipos humanos encontrados naquela sociedade.
Romance Regionalista (sertanejo) - demonstrava atração pelo pitoresco e tinha como principal característica a retratação da vida no interior do Brasil, seus hábitos, seu modo de falar, etc.
Romance Histórico - tratou-se de uma revalorização do passado, trazendo ao romance personagens da nossa história, retratando-os de modo nacionalista.
Romance Indianista - por fim, porém não menos importante, há o romance indianista, que teve como maior representante o romancista José de Alencar, e como característica a idealização do índio, como herói brasileiro, nobre e valente.


Álvares de Azevedo


Já em relação aos aspectos formais, a literatura romântica é desvinculada dos padrões do Classicismo, caracterizando-se pelo verso livre, sem métrica e pelo verso branco, sem rima.
Características como o subjetivismo e o sentimentalismo não podem ser separadas da estética romântica, pois estiveram presentes em toda ela, tanto na prosa, quanto na poesia.
Além destas, há outras características tipicamente românticas, como o nacionalismo, o ufanismo, a religiosidade, a evasão, a idealização da realidade e do ser amado, o escapismo e o culto à natureza.



Fonte: mundoeducação; infoescola
Imagens: divulgação


Barroco (arte)

Durante a crise do Renascimento, que teve como duas de suas causas as imposições do catolicismo e divergências religiosas, surge um novo estilo artístico, Barroco, que tem como principais características: o uso de “alegorias”; frases interrogativas; ordem inversa; cultismo e conceptismo. A primeira expressa a efemeridade e instabilidade das coisas e usa de palavras como: fumaça, vento, chama, neve, água, espuma, etc. Como pode-se ver em um trecho de um poema de Francisco Rodrigues Lobo, um dos grandes discípulos de Camões:


“Entre essas ondas claras, duvidosas,
Levai ao largo mar, com turva vela,
Tristes queixumes, lágrimas queixosas”


Quanto ao uso de frases interrogativas, estas são usadas para refletir a incerteza e dúvida do homem barroco, como já dizia Gregorio de Matos em seus versos:


“Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se tão formosa a Luz é, por que não dura?”


A ordem inversa, além de tornar a frase pomposa, traduz o esquema do raciocínio do homem barroco, refletindo a falta de clareza diante das coisas e a insegurança da época e deixando os pensamentos divididos, como, por exemplo, o conflito entre corpo e alma.

O jogo de palavras e uso abusivo de metáforas e hipérboles fazem parte do cultismo e corresponde ao excesso de detalhes nas artes plásticas. Estes detalhes são explicados pela incerteza dos homens barrocos e são utilizados para demonstrar o que se passa em seu interior. As contradições que estão no íntimo de cada artista dessa época é a explicação para a minuciosidade em suas criações na tentativa de expor seus sentimentos.


“O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo.” (Gregório de Matos)


O conceptismo é o jogo de conceitos e ideias, seguido por uma ordem rigorosa e uma retórica aguçada, que tem como intenção convencer e ensinar o leitor. Um fragmento do Padre Antonio Vieira exemplifica isto ao escrever “Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos”.

Saiba mais: Contexto

Fonte: infoescola

Barroco (literatura)

(Final do séc.XVI e início do séc. XVII).

  • Período literário caracterizado por contrastes, oposições e dilemas;
  • O homem do barroco buscava a salvação ao mesmo tempo que queria usufruir dos prazeres mundanos, surgindo assim os conflito. O antropocentrismo (homem) se opõe ao Teocentrismo (Deus);
  • O homem deste período está entre o céu e a Terra. Mesmo se valorizando, vivia atormentado pela ideia do pecado, logo vivia buscando a salvação.

Características:

O culto aos contrastes e a presença da antítese (claro/escuro, vida/morte, tristeza/alegria);
O pessimismo;
Intensidade: presença de hipérbole (figura de linguagem caracterizada pelo exagero da expressão);
Linguagem muito rebuscada.

Autores e obras:

1-Bento Teixeira: "Prosopopeia" - marco inicial do Barroco brasileiro em 1601;
2-Gregório de Matos (apelidado "Boca do Inferno"). Escreveu poesia lírica, satírica e religiosa. Não publicou nada em vida, o que conhecemos de sua obra é fruto de pesquisas. O apelido surgiu pois ele retratava a sociedade da época, às vezes, com uma linguagem considerada de baixo calão);
3 - Padre Antônio Vieira: "Sermão da Sexagésima", "Sermão de Santo Antônio aos peixes".


ANÁLISE DO POEMA "A INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO" DE GREGÓRIO DE MATOS

Nasce o sol e não dura mais que um dia. (antítese vida/morte)
Depois da luz, se segue a noite escura, (ant. claro/escuro)
Em tristes sombras morre a formosura, (ant.feio/belo)
Em contínuas tristezas a alegria. (ant. tristeza/alegria)
Porém, se acaba o sol, porque nascia? (dúvida)
Se é tão formosa a luz, porque não dura?
Como a beleza assim se trasfigura?
Como o gosto da pena assim se fia? (sofrimento)
Mas no sol e na luz falta a firmeza;
Na formosura, não se dê constância
E, na alegria, sinta-se tristeza. (ant. tristeza/alegria)
Começa o mundo, enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza:
A firmeza somente na inconstância.

(Gregório de Matos.Obra Completa.)

O poema acima é formado por 2 quartetos e 2 tercetos, num total de 14 versos. Esta é a estrutura de um soneto.
Há a figura constante da antítese. Exemplos:
Verso 1: vida/morte
Verso 2: claro/escuro
Verso 3: feio/belo
Verso 4: tristeza/alegria
Verso 11: tristeza/alegria
O traço comum a todos os versos da segunda estrofe é a interrogação, a dúvida e a incerteza.
O Barroco enfatiza tudo que é inconstante, que muda de aparência, que está em movimento.





Fonte: infoescola
Imagem: divulgação

Quinhentismo (literatura)

Antes do Brasil ser descoberto, a expansão marítima dos espanhóis e portugueses exploravam os mares buscando novos territórios;
 Com a chegada de Portugal ao Brasil, é iniciada uma fase de produção escrita no país;
Os nativos que habitavam o território eram analfabetos, os portugueses que viviam nas terras brasileiras eram deportados ou aventureiros e os jesuítas tinham como ocupação a catequese dos fiéis;
A produção de obras escritas tinha caráter informativo (documentos que descreviam as características do Brasil e eram enviados para a Europa, onde não se sabia nada sobre os costumes dos nativos e os recursos naturais das terras brasileiras);
As publicações da época contavam com cânticos religiosos, poemas dos jesuítas, textos descritivos, cartas, relatos de viagem e mapas. Consta que o primeiro texto escrito no território do Brasil foi a Carta de Pero Vaz de Caminha, em que registra suas impressões sobre a terra recém-descoberta;
Mas apesar da grande variedade de documentos de época que comprovam a existência de produção escrita, alguns estudiosos da língua portuguesa dizem que este material é considerado paraliterário, ou seja, formas não convencionais de literatura como autoajuda, literatura de cordel, entre outros;
Entre os principais documentos do Quinhentismo estão: “História do Brasil” - frei Vicente de Salvador;
“Diálogo sobre a Conversão dos Gentios- padre Manoel da Nóbrega;
“Tratados da Terra e da Gente do Brasil” - Fernão Cardin;
“Tratado Descritivo do Brasil” - Gabriel Soares de Sousa;
“Diário de Navegação”, de Pero Lopes de Sousa;
“Carta de Pero Vaz de Caminha”.


No trecho abaixo, texto retirado da Carta de Pero Vaz, é possível entender um pouco sobre os primeiros contatos entre os portugueses e os índios:

“Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram. Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Somente deu-lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de aljaveira, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza, e com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar.”





Fonte:infoescola
Imagens: divulgação

Humanismo (história)

Na definição do iDicionário Aulete, Humanismo é: “Nome de diversas doutrinas que colocam o homem e a condição humana em primeiro lugar, medindo tudo o mais (a natureza, esp.) segundo as suas características, necessidades e interesses” ou: “Movimento intelectual da Europa renascentista com base na cultura greco-romana e em sua valorização do conhecimento do homem e suas perspectivas”.

Com origem no território italiano, o Humanismo surgiu como uma forma de resgate dos clássicos da cultura grega e latina da Antiguidade. Entre seus representantes, os mais conhecidos são Petrarca, Lourenço (O Magnífico), Lefèvre d'Etaples, Guillaume Budé, Rabelais e Montaigne. As obras mais influentes do movimento são “A Utopia”, de Thomas Morus, “Os Lusíadas”, de Luís de Camões e “Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes.
Surgindo como uma forma de interesse apaixonado pelas obras da Antiguidade, o Humanismo apresentava características como: otimismo, disseminação dos ideais greco-latinos, antropocentrismo, busca das ideias originais da antiguidade, amor à vida e à beleza.
Os humanistas eram pesquisadores incansáveis e viajantes que procuravam livros que, de certa forma, tinha sido esquecidos durante a Idade Média. Uma das grandes realizações deste movimento foi a leitura e disseminação das obras escritas em hebraico encontradas em mosteiros, além de um estudo aprofundado sobre o idioma. A projeção que a cultura dos judeus ganhou durante o período do Humanismo resulta, entre outros aspectos, do rico material conservado na biblioteca do Vaticano, que ficou conhecida como uma das mais valorosas do Ocidente.
Entre outros aspectos, os humanistas não tinham afinidade com o latim da Idade Média e eram favoráveis ao compartilhamento do conhecimento em proximidade ao público para quem escreviam. Apesar de serem antropocêntricos, não deixavam de valorizar o amor à Deus, somando-se a celebração do maravilhoso da vida, um dos temas encontrado nas obras que tinham como referência.

Apesar de ter marcado presença muito forte na Itália, mais especificamente em Florença, onde foi simbolizado por Lourenço, o Magnífico, no final do século XV o Humanismo espalhou-se por outros países da Europa como Inglaterra, Espanha e Portugal. Nestas nações surgiram obras imortais para a literatura e filosofia que são referência. Além da Europa, as ideias humanistas influenciaram na cultura de outros continentes onde houve contato com os europeus como as Américas, a África e alguns países do oriente.

Fonte: infoescola

Humanismo (literatura)


  • Época de transição entre a Idade Média e o Renascimento;
  • O ser humano passa a ser valorizado;
  • Surge uma nova classe social, a burguesia, que não eram nem servos nem comerciantes;
  • Com o Surgimento desta nova classe social surgem as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para as cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu;
  • Novas leis foram criadas e o poder passa para as mãos de ricos, apesar de não serem nobres;
  • O status econômico passa a ser mais valorizado que o título de nobreza;
  • As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo (o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus);
  • Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas;
  • Estas mudanças demoraram para ocorrer.
HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO


Algumas manifestações literárias:

Teatro

O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.
Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.
Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:

Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.
“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.

Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.
“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.

Poesia

Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.
O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.

Prosa

Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos.

Fernão Lopes foi o mais importante cronista(historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era, anteriormente atribuída somente à nobreza.



Fonte: infoescola
Imagem: divulgação

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Romance


·         Gênero literário em prosa com uma narrativa mais longa e geralmente dividido em capítulos;
·         Personagens se envolvem em uma série complexa de ações;
·         Narrativa: características estruturais semelhantes ao conto e à novela, porém com maior complexidade de enredo e personagens, apresentando formas mais variadas;
·         Ações e detalhes da trama acontecem pouco a pouco, ao longo de várias páginas.


Muitas histórias de amor foram e são contadas em forma de romance, principalmente no período do Romantismo (movimento literário dos séculos XVIII e XIX);
Nesta época, com a popularização da leitura pela burguesia, esta se difundiu na Europa e suas colônias;
Acesso ao aprendizado e às escolas: acesso à leitura e aos romances;
A leitura era considerada uma das maiores formas de prazer;
A imprensa publicava periodicamente capítulos, os chamados folhetins.


Tempo, espaço e pessoa da narrativa

Ato de comunicação = Enunciados (textos, frases, etc.);
Enunciação: produção de enunciados: tempo, espaço e pessoa;
Narrativa: alguém conta os fatos ocorridos (na realidade ou imaginação): marcas de tempo, espaço e pessoa.

Tempo
As formas verbais ajudam a identificar o momento a partir do qual a história vai ser narrada (Ex: Préterito perfeito do indicativo: encontrei, interessou...) – TEMPO DE MOMENTO DE REFERÊNCIA;
O tempo dá sentido aos fatos narrados;
Tempo linear (cronológico) ou tempo psicológico.

Espaço
Tempo e espaço se entrelaçam: leitor compreende ações do narrador personagem e de outros personagens;
Espaço físico/ geográfico e espaço histórico/ social/ psicológico.

Pessoa
Narrador: Pode fazer parte da história ou narrar de longe – O narrador sabe o momento em que ocorre o fato ou é onisciente;
1ª pessoa: Eu conto
3ª pessoa: Eles fazem
Pode ocorrer 2ª pessoa em momentos da narrativa, quando o narrador fala com o leitor.

Como surgiu o romance?

Surgiu por volta do século XVIII (romance moderno);
No início era considerado um gênero “inferior”;
Surgiu devido à ascensão da burguesia;
No século XVII (Epopéia) a aristocracia dá lugar ao romance – narrativa a princípio escrita em versos, em língua mais simples e coloquial que a epopéia;
O gênero visava o grande público. Conseguiu ser um sucesso e foi muito consumido;
Enredos fabulosos: Personagens fantásticas, enredos complicados (naufrágios, duelos...);
Romance em prosa surge no final do século XVII e se firma no século XVIII;
Não haviam modelos anteriores a seguir;
A burguesia domina o cenário econômico europeu no século XVIII, tendo o romance raízes nesta classe social (forma e intenção);
Na Inglarerra, os enredos tendiam ao mais real;
Com Tom Jones, de Henry Fielding, a França segue a tendência;
Em Portugal, no século XIX, Com Camões, de Almeida Garret;
Chega ao Brasil em 1843, com O filho do pescador, de Teixeira e Sousa;
No Romantismo, o romance se fixou e encontrou caminhos próprios.

Romantismo: movimento artístico, cultural e literário que se inicia na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX.
Movimento artístico e cultural: tendência geral de vida e arte, o qual nomeia um sistema, um estilo artístico delimitado no tempo. Um período em que os costumes de época refletem na arte e a arte reflete nos costumes.

Romantismo e romantismo

Romantismo (com letra maiúscula) foi um movimento artístico europeu surgido inicialmente na Alemanha e na Inglaterra no final do século XVIII, e predominou na primeira metade do século XIX.
Em Portugal, ganha relevância em 1825 e no Brasil, a partir de 1826.
O romantismo já é uma maneira de se comportar, um reflexo de sentimentos e comportamento na literatura e na arte em geral.
O comportamento romântico tem como características o sonho, o devaneio, a atitude emotiva, rebeldia e melancolia (variando de acordo com as fases), e é encontrado em qualquer época.